Já a algum tempo vem se discutindo o futuro dos jornais impressos por conta da leitura de noticias diretamente pela internet, em tempo real e sem nenhum custo, o que já acarretou o fechamento de jornais clássicos nos EUA, queda na receita publicitária e demissão de muitos profissionais das redações.
No Brasil, pesquisa feita pela Ketchum, em parceria com centros acadêmicos respeitados mostrou que 53% dos internautas brasileiros consideram a internet “a fonte de informação buscada em primeiro lugar”, com TV vindo em seguida com 30% e jornal 6%.
O que tenho percebido na imprensa é que há um a preocupação geral por parte de editoras, livrarias, escritores e gráficas em como isso afetará seus respectivos modelos de negócio. Li sobre discussões de “como você avaliaria um leitor pela capa do livro que está lendo, sendo que com o Kindle não se percebe a capa do livro?” Seria o início de um mundo com menos consumo papel? Sem a necessidade de se armazenar enormes quantidades de livros em casa e nas bibliotecas públicas?
Indo um pouco além dos jornais, já imaginou sua revista preferida carregada automaticamente no seu Kindle? A nova HQ de Alan Moore? Toda a obra de Stephen King ou a coleção completa de Monteiro Lobato sendo levada pra qualquer lugar, a qualquer momento sem nenhum incômodo?
O Kindle DX começará a ser vendido no verão americano, apenas nos EUA. Considerando sua utilidade um pouco elitizada (a leitura de livros) é um pouco caro (U$ 489 dólares). Ainda não apresenta páginas coloridas, porém, além da portabilidade e o preço mais econômicos dos títulos/publicações, promete oferecer uma experiência muito próxima da leitura convencional e física.
Imagino que, assim como já ocorreu com a indústria da música, uma revolução significativa está chegando às publicações impressas.
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